Você foi preparar o caminho e não voltou
Já procurei em toda a terra e não a encontrei
A noite está belíssima Estou olhando o céu estrelado
Pressinto que esta com Deus
Só me resta esperar pelo tempo.
Há guardiões espirituais que te apoiam a existência no plano físico e há tutores da alma que te protegem a vida na Terra mesmo.
Freqüentemente, centralizas a atenção nos poderosos do dia, sem ver os companheiros anônimos que te ajudam na garantia do pó. Admiras os artistas renomados que dominam nos cartazes da imprensa e esqueces facilmente os braços humildes que te auxiliam a plasmar, no santuário da própria alma, as obras primas da esperança e da paciência. Aplaudes os heróis e tribunos que se agigantam nas praças, todavia, não te recordas daqueles que te sustentaram a infância, de modo a desfrutares as oportunidades que hoje te facilitam. Ouves, em êxtase, a biografia de vultos famosos e quase nunca te dispões a conhecer a grandeza silenciosa de muitos daqueles que te rodeiam, na intimidade doméstica, invariavelmente dispostos a te estenderem generosidade e carinho.
Homenageia, sim, os que te acenam dos pedestais que conquistaram, merecidamente, à custa de inteligência e trabalho; contudo, reverencie também aqueles que talvez nada te falem e que muito fizeram e ainda fazem por ti, muitas vezes ao preço de sacrifícios pungentes.
São eles pais e mães que te guardaram o berço, professores que te clarearam o entendimento, amigos que te guiaram a fé e irmãos que te ensinaram a confiar e servir... Vários deles fazem agora, na retaguarda, acabrunhados e encanecidos, experimentando agoniada carência de afeto ou sentindo o frio entardecer; alguns prosseguem obscuros e devotados, no amparo às gerações que retomam a lide terrestre, enquanto outros muitos, embora enrugados e padecentes, quais cireneus do caminho, carregam as cruzes dos semelhantes.
Pense nesses anjos desconhecidos que se ocultam na armadura da carne, e, de quando em quando, unge-lhes o coração de reconhecimento e alegria. Para isso, não desejam transfigurar-se em fardos nos teus ombros. Quase sempre, esperam de ti, simplesmente, leve migalha das sobras que atiras pela janela ou uma frase de estímulo, um aprece ou uma flor.
Fonte: Livro Caminho Espírita – Psicografia: Francisco Cândido Xavier.
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O ESSENCIAL
O essencial não será tanto o que reténs.
É o que dás de ti mesmo e a maneira como dás.
Não é o tanto o que recebes.
É o que distribuis e como distribuis.
Não é o tanto o que colhes.
É o que semeias e para que semeias.
Não é o tanto o que esperas.
É o que realizas.
Não é o tanto o que rogas.
É o que aceitas.
Não é o tanto o que reclamas.
É o que suportas e como suportas.
Não é tanto o que falas.
É o que sentes e como sentes.
Não é o tanto o que perguntas.
É o que aprendes e para que aprendes.
Não é o tanto o que aconselhas.
É o que exemplificas.
Não é tanto o que ensinas.
É o que fazes e como fazes.
Em suma, na vida do espírito, - a única vida verdadeira, - o essencial não é o que parece. O essencial será sempre aquilo que é.
Fonte: Livro Caminho Espírita
– Psicografia: Francisco Cândido Xavier.
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Quem mais despreza – mais se evita.
A quem mais serve – maior auxílio.
A quem mais desajuda – embaraço maior.
A quem aprende – firme lição.
A quem foge do ensino – experiência mais dura.
A quem trabalha – grande influência.
A quem busque a preguiça – tédio maior.
A quem ampara – vasto socorro.
A quem prejudica – larga aflição.
A quem perdoa – desculpa extensa.
A quem critica – maior censura.
A quem tenha razão – mais direito.
A quem escasseie o direito – mais compromisso.
A quem desanime – sombra envolvente.
A quem persista – luz de esperança.
A quem se lembra – memória pronta.
A quem esquece – total olvido.
A quem adoça – mel na passagem.
A quem amarga – fel no caminho.
Quem planta recolhe segundo a sementeira.
Recebemos por isso, em maior porção daquilo que mais dermos.
Eis por que nos disse o Senhor: - “A quem mais tem mais se lhe dará”, porquanto, de tudo o que entregarmos à existência, receberemos de volta em medida cheia e recalcada.
Fonte: Livro Caminho Espírita – Psicografia: Francisco Cândido Xavier.
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